segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A HISTORIA EM TOM DE POESIA - O MUNDO


Um Homem da aldeia Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus.
Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
- O mundo é isso - revelou -. Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossívelolhar para elessem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

Eduardo Galeano - Livro dos abraços.

8 comentários:

  1. Comungo da opinião (visão) do homem da aldeia Neguá.


    Um abraço

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  2. Sim, são essas pessoas (maiores que a vida) e carismáticas o suficiente para levarem com elas todas as outras.

    Grande abraço!

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  3. Ótimo texto!

    "O homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo".
    Fiz uma analise; será que seria o fogo que se vai? ...que vai diminuindo, ate que não se tem motivos pra viver? Pode ser né.

    =) haha, acho que vou refletir um pouco sobre o tipo de fogo que eu sou.

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  4. O verdadeiro carisma da vida está nos pequenos detalhes. E isso fica muito claro com essa poesia. Nessa semana, fiz uma poesia que cita um pouco desse ambiente de ousadia e visões microscópicas da humanidade. Dê uma olhada.

    Visite minha Casa, quando puder.

    O endereço é:

    (http://casadojulianosanches.blogspot.com/).

    Um grande abraço.

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  5. LA VERDAD QUE HE LEIDO TODO EL TEXTO DE LOS HOMBRES DE FUEGO
    Abrazos
    Marina

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  6. Gostei dessa comparãção , a verdade é que cada um dos seres tem a sua aura e a sua propria luz
    bj

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  7. "y que amando tambien sea amado"
    lo más hermoso que puede haber el amor.
    yo no escribo tu Idioma pero lo leo bien muy bonito poema.
    abrazos
    Marina

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