A QUEIMA DE LIVROS
Quando o regime ordenou que fossem queimados
publicamente
Os livros que continham saber pernicioso, e em toda parte
Fizeram bois arrastarem carros de livros
Para as pilhas em fogo, um poeta perseguido
Um dos melhores, estudando a lista dos livros queimados
Descobriu, horrorizado, que os seus
Haviam sido esquecidos. A cólera o fez correr
Célere até sua mesa, e escrever uma carta aos donos do poder.
Queimem-me! Escreveu com pena veloz. Queimem-me!
Não me façam uma coisa dessas! Não me deixem de lado! Eu não
Relatei sempre a verdade em meus livros? E agora tratam-me
Como um mentiroso! Eu lhes ordeno:
Queimem-me!
(Brecht; poemas - 1913-1956. Trad. Paulo Cesar Souza. Brasiliense, 1986. p. 194.)
Este poema é simplesmente PERFEITO!
ResponderExcluirAbraço!
Dani
...uma loucura
ResponderExcluirleva a outra
e mais outra
e mais outra...
mas é uma boa lembrança
essa postagem
faz refletir...
aquele abraço